Prestes
a completar um ano, o projeto de consulta de enfermagem do Hospital Geral
Unimed (HGU) já identifica bons resultados, especialmente nos níveis de
preocupação e ansiedade dos pacientes que vão passar por cateterismo cardíaco
na unidade de Hemodinâmica.
Após o
agendamento da cirurgia, o hospital entra em contato com o paciente e marca uma
visita à instituição para que a enfermeira explique toda a jornada do cuidado
dentro do hospital.
Na
consulta, o paciente conhece todos os setores pelos quais irá passar desde a
chegada até o final do internamento, os materiais que serão utilizados no
procedimento e a equipe da Hemodinâmica. Também é feito um checklist
para orientar a respeito de anestesia, liberação de guias e uso de adornos,
para verificar todos os exames necessários, se o paciente faz uso de alguma
medicação, se tem alergia, e se é necessário jejum ou algum preparo específico
para a cirurgia a qual será submetido.
De
acordo com Camila Sieklicki, enfermeira responsável pelo projeto, o HGU é o
único hospital de Ponta Grossa a contar com essa etapa pré-operatória. “Durante
a consulta, realizo uma avaliação abrangente do paciente. Considero fatores
como indicação do procedimento, histórico médico, medicações em uso, exames
prévios e condições que possam influenciar o resultado do procedimento. Além
disso, são fornecidas orientações detalhadas, cuidados com o local de
realização do exame, curativo, tempo de permanência hospitalar e outras
informações relevantes. Um questionário no prontuário eletrônico, complementado
por orientações impressas, otimiza esse processo. A consulta de enfermagem
pré-cateterismo cardíaco é uma prática fundamental que ressalta o papel da
enfermagem na promoção de cuidados eficazes e seguros. Contribui para a
compreensão do paciente sobre o exame, oferece informações de alta qualidade e
controla as expectativas, resultando em um cuidado mais completo e
satisfatório. Além disso, demonstra o valor da colaboração interdisciplinar no
ambiente hospitalar, onde médicos, enfermeiros e demais profissionais trabalham
juntos para o benefício do paciente”.
Quando
não há a possibilidade de comparecimento presencial no hospital para a
consulta, o fluxo é feito por meio telefônico ou digital.
Eladir
Mourão, que recentemente passou por um cateterismo conta que não conhecia essa
prática do hospital e que foi uma surpresa positiva. “Achei muito importante
esse contato. Com a enfermeira explicando tudo, o procedimento fica mil por
cento, me senti mais segura, mais tranquila. Quando cheguei aqui, já perguntei
por ela e ela estava aqui. Se não fosse isso, eu chegaria muito mais tensa,
então foi muito humano esse contato”.
Para
Luciane Zanetti, gerente assistencial do HGU, o diferencial está, inclusive, na
individualização pré-operatória. “Cada pessoa tem uma forma de entender as
coisas e é uma forma de personalizar o esclarecimento de dúvidas, ter a certeza
que ficou tudo claro dentro do nível de entendimento de cada um”.
Além dos
aspectos de humanização, a consulta de enfermagem reflete na segurança do
paciente e dos processos.
“Contribui
para que todas as etapas de um processo crítico, como uma cirurgia, sejam
garantidas o desfecho geral acaba sendo muito mais efetivo. De diversas formas,
reduz o impacto em estrutura, reagendamento, dimensionamento de equipe e também
no psicológico do paciente, que se preparou para aquele dia, para aquele
momento. Hoje, a gente já observa que cancelamentos de procedimentos por
motivos de falta de documentação, ou esquecimento de algo, por exemplo, estão
praticamente zerados. É uma garantia assistencial e de humanização que
contribui também para que a instituição atue, cada vez mais, dentro da sua
missão”, finaliza Luciane.
Dentro
da área de cardiologia, além da unidade de Hemodinâmica, o HGU realiza também
cirurgias de alta complexidade e dispõe da UCardio, o serviço de urgências e
emergências cardiológicas.