Hoje, já é possível diagnosticar e tratar doenças
cardiovasculares sem procedimentos de grandes cortes no paciente, a chamada
cirurgia aberta. Para alguns casos, há a possibilidade de cuidar do paciente
com procedimentos minimamente invasivos. E, para isso, é necessário que os
hospitais disponham de uma unidade importante: a hemodinâmica.
Para contar em mais detalhes como funciona esse setor dentro
do Hospital Geral Unimed, a cooperativa separou as principais informações para
você sobre essa grande aliada da cardiologia.
1)
Para que serva a hemodinâmica?
Nas situações de emergência cardiológica,
vascular ou neurológica, a hemodinâmica tem grande importância na agilidade
para restabelecer a circulação sanguínea. Na hemodinâmica, é possível
diagnosticar doenças coronarianas, de doenças vasculares e tratamento de
arritmias cardíacas. A área utiliza técnicas cirúrgicas complexas, mas
minimamente invasivas, ou seja, aquelas em que não são feitos grandes cortes no
paciente.
2)
Quais procedimentos são feitos na
hemodinâmica?
Tratamento de aneurisma minimamente
invasivo com microcirurgia vascular; tratamento de Acidente Vascular Cerebral
(AVC); tratamento de carótida, estenose e entupimento; tratamento de doenças de
formações arteriovenosas, fístulas, por meio de cateterismo e micro cateteres.
A atuação na hemodinâmica é feita em duas frentes:
a)
Procedimentos diagnósticos: exames para
verificar o estado cardiovascular do paciente.
b)
Procedimentos terapêuticos: tratamento de
doenças cardíacas, por meio de cateteres, balões e stents.
3)
Quais especialidades relacionadas à
hemodinâmica?
Principalmente neurologia e cardiologia. A
mesma agilidade aplicada no atendimento aos pacientes com infarte, também é
aplicada nos casos de AVC, por exemplo. A ortopedia também tem a hemodinâmica
como aliada no tratamento de lesões de
nervos sensitivos, devido à qualidade das imagens fornecidas pelos
equipamentos.
4)
Qual a diferença da hemodinâmica para um
centro cirúrgico?
Vamos utilizar a embolização de aneurisma
como exemplo. Antigamente, quando o paciente precisava desse tratamento, ele
era levado para o centro cirúrgico e passava por uma cirurgia aberta (em que
tecidos e órgãos ficam mais expostos). Hoje, para esse mesmo tratamento, já é
possível por meio de uma mínima punção na virilha.
5)
Como é o fluxo da hemodinâmica nos casos
de AVC?
Quando o paciente chega no HGU tendo um AVC,
o neurologista o avalia e verifica se há a indicação de tratamento. Se for uma
oclusão de grande vaso, o médico encaminha o paciente diretamente para a
hemodinâmica.
6)
Como saber se devo ir para o hospital?
Se estiver com sintomas neurológicos, como
perda de força, alteração na fala, dificuldade para caminhar. Quanto antes
buscar o atendimento, mais rápido será feito o tratamento e menores serão as
sequelas ao paciente.
7)
Como funciona nos casos de emergência?
Normalmente, os pacientes que chegam na
emergência do HGU com dor torácica, por exemplo, são encaminhados para a
hemodinâmica. Dessa forma, é possível conduzi-lo em poucos minutos da chega ao
hospital até a unidade de hemodinâmica para iniciar o atendimento.
8)
A unidade realiza procedimentos eletivos?
Sim, os procedimentos que não são
considerados de urgência ou emergência e podem ser agendados também são feitos
na hemodinâmica.
9)
Como é o processo antes da cirurgia?
Com a cirurgia agendada, o paciente pode entrar em contato diretamente com
a hemodinâmica, ou ser encaminhado pelo cardiologista, para realizar uma
consulta de enfermagem. Nessa avaliação, ele irá responder um questionário,
conhecer o setor e a equipe de enfermagem, e ser informado sobre toda a linha
de cuidado que será seguida para ele.
10) Como a hemodinâmica pode favorecer o
tratamento?
A hemodinâmica proporciona uma recuperação
mais rápida ao paciente, além de reduzir as chances de sequela e possibilitar
tratamentos de pacientes idosos ou com doenças crônicas graves, trazendo menos
riscos do que as cirurgias tradicionais.