O anestesiologista Wagner
Crensiglova, médico cooperado da Unimed Ponta Grossa, acaba de conquistar o
Diploma Europeu de Anestesiologia e Terapia Intensiva (EDAIC – European Diploma in
Anesthesiology and Intesive Care),
certificação emitida pela Sociedade Europeia de Anestesiologia (ESA), com apoio
da Federação Mundial das Sociedades de Anestesiologia.
Ao longo das próximas semanas, a
ESA irá enviar a versão digital do diploma aos médicos titulados. A entrega em
mãos está prevista para ser realizada no Congresso Europeu de Anestesiologia de
2024, que certifica os concluintes do ano anterior. De acordo com o
anestesiologista, o desenvolvimento profissional foi um dos principais motivos
para buscar o EDAIC.
“Principalmente
a busca pelo conhecimento, pelo aprimoramento profissional. Poder utilizar esse
conhecimento para trazer o que há de melhor e mais recente para os pacientes,
tornando a experiência no período pré, intra e pós operatório a melhor
possível”.
Todo o processo durou cerca de
dois anos e contemplou duas etapas de avaliação, que exigiam alcançar mais de
80% de acertos, e nas quais Crensiglova teve êxito logo na primeira tentativa.
O médico conta que a jornada começou em 2020, com uma titulação nacional.
“Primeiro
conquistei o TSA, Título Superior em Anestesiologia que é a titulação máxima da
nossa Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Após essa etapa, resolvi me
preparar para a certificação internacional. Para obter o título internacional é
necessário passar por duas etapas: uma prova teórica, que fiz há cerca de um
ano, e pela parte prática, que é feita por meio de diversos casos clínicos com
uma banca examinadora. Dediquei muito tempo de estudo para dominar as
áreas da prova, que é muito abrangente, livros, artigos, revistas, atualizações
e cursos”.
A titulação internacional visa alcançar
um padrão uniformemente alto de conhecimento por anestesiologistas, conforme
julgado por um conselho independente de examinadores. Nos países europeus,
diferentemente do Brasil, a especialização em anestesiologia abrange também a
área de terapia intensiva e medicina interna, explorando conteúdos desde os
mais elementares até os mais especializados.
“A segunda parte da prova é
realizada frente a frente com os examinadores ao longo de quase 12 horas, com
casos clínicos difíceis, envolvendo situações complexas. É cobrado conhecimento
atualizado em relação ao que há de mais novo na literatura e um domínio extenso
sobre as técnicas anestésicas, detalhes químicos dos fármacos, conceitos de
física aplicados ao funcionamento de todos os aparelhos de anestesia, monitores
etc. É uma certificação difícil de obter”.
O EDAIC é visto como um
certificado de excelência e são poucos os profissionais, tanto no Brasil quanto
na Europa, que detêm a titulação. Crensiglova, que é natural de Curitiba, atua
em Ponta Grossa desde 2011 e acredita que “na Medicina, se você parar de
estudar você não para no tempo, você volta nele. Na área da saúde, o
avanço da ciência traz uma série de atualizações, estudos, ensaios e
publicações novas todos os dias. Certificações como essa indicam que o profissional
está em constante atualização e acompanha as novidades na área. A
cidade sempre me acolheu muito bem, poder retribuir à população com um bom
trabalho é muito gratificante”.
Sobre a titulação
A prova começou a ser aplicada
fora da Europa 2017. Em 2016, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia firmou
um acordo com a Sociedade Europeia de Anestesia (ESA) para que a prova escrita
do EDAIC fosse disponibilizada em língua portuguesa e realizada no Brasil. O
certificado funciona como um título de excelência profissional no Brasil e na
Europa e é considerado um dos mais importantes em todo o mundo.