O Hospital Geral Unimed (HGU) realizou uma
cirurgia inédita na última sexta-feira (14). A cardioneuroablação
foi realizada pela primeira vez no HGU e no município de Ponta Grossa. O
procedimento, considerado de alta complexidade, é indicado para tratamento de
síncope (desmaio).
Considerada
minimamente invasiva, a cardioneuroablação que foi realizada na Unidade de
Hemodinâmica do HGU, atua no tratamento para pacientes que sofrem com o tipo
mais comum de desmaio, a síncope vasovagal, que acontece por conta da
diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos por ação inapropriada
do nervo vago. O procedimento é utilizado quando o paciente não responde a
outros tipos de tratamentos e após a realização de uma série de exames.
Para
o cardiologista Ricardo Fernandes Ribeiro Fraiz, médico responsável pela cirurgia,
a realização do procedimento no HGU possibilita uma oportunidade de tratamento
aos pacientes da região, já que, pelo nível de complexidade, só era feito em
capitais ou grandes centros, como São Paulo e Curitiba. “É um procedimento complexo que precisa de uma
estrutura hospitalar que tenha uma retaguarda grande da cardiologia. O paciente
agora não precisa ir para uma outra cidade ou para um outro estado. E ainda:
realiza o procedimento e pode ir embora já no dia seguinte com a sua família”,
reforça.
O
cardiologista, Diego Jantsk Marques da Silva que compôs a equipe médica,
destaca que a cardioneuroablação evita que o paciente precise usar marcapasso.
“Antes da gente ter esse procedimento, os pacientes iam para o marcapasso,
prótese que pode oferecer alguns riscos, como infecção, realização de mais de
uma cirurgia, avaliação e cuidado constante. Também oferecendo algumas
limitações, como exercícios mais intensos, por exemplo. Apesar de ser um
aparelho que traz muitos benefícios, pode oferecer limitação para a vida das
pessoas”, analisa.
Para
a realização do procedimento, o médico especialista solicita vários exames para
confirmação do diagnóstico e para estudo da eficiência.
Sobre o
procedimento de cardioneuroablação
Durante
a cardioneuroablação são utilizados cateteres para chegar no coração com a
aplicação de radiofrequência para
modular as fibras que estão funcionando de modo inadequado, alcançando as
terminações nervosas que causam a queda do batimento.
Não houve intercorrência durante o procedimento, o
paciente já recebeu alta e continua com os cuidados em casa.
Conheça a equipe que realizou o procedimento:
Cirurgião principal: Ricardo Fernandes Ribeiro
Fraiz
Primeiro auxiliar: Diego Jantsk Marques da Silva
Anestesista: Diego Santos da Cruz
Ecotransesofágico: Nickolas Nobrega Nadal
Equipe de enfermagem: Ana Karoline Bonicoski Camila
Sieklicki e Gislaine C. da Silva Pedrozo