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27/09/2022
Unimed Ponta Grossa e ASAS certificam profissionais do HU-UEPG no Programa Acolher
Capacitação teve duração de dois meses e foi voltada aos cuidados paliativos.
Na noite da última segunda-feira (26), a Unimed Ponta Grossa e a Associação Sênior de Apoio à Saúde (Grupo ASAS) promoveram o encerramento do Programa Acolher, uma parceria com o Hospital Regional Universitário dos Campos Gerais (HU-UEPG).

O evento contou com a palestra ‘Comunicação difícil em saúde’, ministrada pelo médico paliativista, e diretor da Academia brasileira de Cuidados Paliativos, Douglas Crispim.

“Comunicação é causa e consequência. Por um lado, ela é causa porque a má comunicação causa muito estrago. Uma comunicação inadequada vai fazer muito mal para as pessoas. Mas ela é consequência também porque a comunicação nasce daquilo que temos dentro de nós e é isso que vai transbordar para o outro, junto com coragem, com empatia ou com a falta disso. Por isso, é causa e consequência e, para o paciente que está grave e tem pouco tempo conosco, e para a família dele, essa comunicação tem que ser especial”.

O Programa Acolher teve o intuito de acolher uma instituição pública e compartilhar as práticas voltadas aos cuidados paliativos e, dessa forma, acolher a comunidade nesse tipo de cuidado. No Paraná, a cooperativa médica, junto com o ASAS, é a primeira do Sistema Unimed do estado a realizar um projeto como esse.

Após a palestra, mais de 30 profissionais do HU-UEPG receberam o certificado de conclusão do curso, que contemplou com uma imersão sobre cuidados paliativos, de forma presencial e online, abordando manejo de sintomas, protocolos clínicos e processos de luto.

“Todos nós da área da saúde temos que exercer o cuidado com a mente e o coração e a parte da mente a gente trabalhou no curso, a parte do coração é aquilo que a gente já faz ao escolher a profissão”, comentou Cynthia Koheler, coordenadora médica da Gestão em Saúde da Unimed Ponta Grossa.

Ao parabenizar os profissionais pela participação no curso, Ricardo Zanetti Gomes, médicos responsável técnico pelo Hospital Regional, destacou que “isso [a parceria] foi pensado para transformação do cuidado, aproveitando conhecimento e habilidades. O nosso hospital é um cenário para que essas habilidades sejam desenvolvidas a cada dia”.

Para Simone Küller Chaves, psicóloga que atua no HU-UPG, participar do curso contribuiu para proporcionar experiências mais positivas a pacientes e familiares. “Cuidar das emoções e sentimentos já é algo que fazemos no dia a dia. Mas eu pensava em cuidados paliativos muito mais somente como pacientes em fim de vida. E mostrar pra ele tudo que ele pode viver ate que esse momento chegue, pensar em todas as possibilidades e construções que a gente pode fazer com esse paciente enquanto ele está conosco pra mim é muito importante. Nesse período em que o curso aconteceu, já pudemos ter algumas experiências de acompanhamento no hospital, de coisas que estão ao nosso alcance e que, às vezes, não pensávamos sobre”.
 
Sobre cuidados paliativos
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002 e 2017, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.
 

LIZIANA ANDRESSA DE FREITAS
Fonte: Unimed PG