A Unimed Ponta Grossa foi vencedora do Desafio DRG Brasil, lançado pelo IAG Saúde. O resultado foi referente à utilização da metodologia em 2021.

O intuito do desafio era aprimorar o conhecimento dos participantes sobre a plataforma DRG Brasil, especialmente na geração qualificada de banco de dados, permitindo ainda mais a gestão da organização, por meio de soluções simples, acessíveis, inovadoras e que gerassem resultados.

“O primeiro lugar conquistado no Desafio DRG Brasil não é surpresa para quem pôde acompanhar a evolução do processo e da equipe dentro de nossa cooperativa. Sinto orgulho imenso por essa conquista e sei que cada vez mais utilizaremos a riqueza dessa ferramenta em nossos processos”, ressalta Vinicius Banik, coordenador de Provimento em Saúde.

Utilizando-se de gamificação, a disputa contou com 230 jogadores divididos em 65 times, que representaram mais de 60 instituições de saúde de todo o Brasil. De acordo com Flavia Vedovatto, analista de informação em saúde da Unimed Ponta Grossa, durante três meses, foi lançado um desafio por semana e as equipes tiveram acesso a treinamentos em vídeo e simulações de codificação, com avaliação ao final de cada etapa.

“Participar do desafio contribuiu muito para nossos processos internos, pois estamos sempre buscando acompanhar as atualizações nas regras de codificação. Isso permite aprimorar o banco de dados que fornecemos para os nossos serviços próprios e impacta na evolução e atualização dos nossos conhecimentos em relação ao DRG”, comenta.

A Unimed Ponta Grossa foi a primeira instituição do Paraná a adotar a metodologia DRG, em 2016, no Hospital Geral Unimed (HGU). No ano seguinte, a Unimed Paraná lançou o Projeto DRG Brasil em nível estadual, com a participação de seis Unimeds e 11 hospitais.

“Além do pioneirismo, nossa equipe é referência dentro do estado e fora dele, sendo a conquista desse prêmio prova disso. Buscamos disseminar os conceitos dessa ferramenta dentro da cooperativa, principalmente por entender o cuidado e riqueza das informações tratadas pela equipe”, comenta Banik.

O DRG mensura e categoriza a complexidade e criticidade do estado clínico de cada paciente internado em um hospital a partir da combinação de idade, diagnósticos e procedimentos realizados para o tratamento. Dessa forma, os pacientes são categorizados em grupos homogêneos, possibilitando elaborar o perfil de atendimento, comparar o tipo de assistência e o consumo de recursos. Um profissional interpreta o sistema de codificação, coleta os dados do prontuário médico do paciente e codifica as informações.

O banco de dados qualificado de cada instituição permite que a administração hospitalar cruze informações do tratamento previsto e do que foi realizado, contribuindo para melhoria dos processos assistenciais, além de trazer uma previsibilidade de consumo de recursos para o tratamento de determinado grupo, o que nos dá uma vantagem competitiva financeira e de mercado.

O conhecimento desta grande base de dados, gera informações financeiras, assistenciais, de qualidade e ainda de desfecho clínico, que são necessários para se evoluir em novos modelos de remuneração e financiamento, alternativos ao fee for service, que é o pagamento por eventos que tanto se fala na saúde suplementar, e que deve ser ultrapassado para se atingir equilíbrio financeiro e clínico-assistencial. Esta ferramenta e informações capacita a cooperativa a evoluir para este novo modelo e nível de gestão em saúde.