Em 2020, a receita com mensalidades da Unimed Ponta Grossa, totalizou R$270,68 milhões, o que representa um crescimento 7,6% em relação a 2019.
Este valor adveio de novas vendas de planos de saúde e dos reajustes aplicados nos contratos já existentes. Os reajustes de planos de saúde foram, em média:
Planos individuais familiares: 7,88%
Planos coletivos – pool de riscos (contatos até 29 vidas): 5,90%
Planos coletivos de livre negociação (contratos com 30 vidas ou mais): 10,46%
No período compreendido entre 2018 e 2020, o crescimento acumulado da receita com contraprestações pecuniárias foi de 65,21%.
O ano de 2020 começou com expectativas relativamente otimistas. Após dois anos de crescimento inexpressivo do PIB, na casa de 1%, o mercado esperava uma
aceleração do crescimento (para pouco mais de 2% no ano de 2020), principalmente após a aprovação da Reforma da Previdência, em outubro de 2019.
Para os investidores e demais agentes do mercado, a aprovação da Reforma da Previdência significava uma sinalização de responsabilidade fiscal e compromisso
com o crescimento de longo prazo. Nesse sentido, criaram-se expectativas de que as demais reformas estruturais apontadas como necessárias para a retomada do
crescimento brasileiro pudessem ser votadas e aprovadas ainda no ano de 2020.
No entanto, com o avanço das infecções por COVID-19 no mundo, e o primeiro caso confirmado no Brasil em março de 2020, essas expectativas foram
gradativamente se deteriorando à medida que a economia era afetada pelo choque e que os agentes compreendiam a gravidade da situação.
A agenda política também teve de se adaptar à realidade enfrentada. Antes, acreditava-se que debater-se-ia o caráter e abrangência das reformas modernizantes
e foi necessário pautar o distanciamento social, paralização de atividades econômicas não-essenciais, auxílio emergencial (AE), programas de proteção ao emprego
(PPAE) e outras medidas de enfrentamento.
Com isso, as expectativas do PIB foram se reduzindo até valores negativos e o valor observado, de fato, foi de que a economia brasileira encolheu 4,1% no ano de
2020.
Com a redução do nível de atividade econômica, esperava-se observar uma intensa elevação do desemprego no país, o que preocuparia bastante o setor de saúde
suplementar, visto que a maior parte dos beneficiários do setor são da modalidade coletivo empresarial.
No entanto, apesar de março e abril de 2020 terem sido os meses consideravelmente ruins no número de postos de trabalho formais perdidos, como mostram os
dados do CAGED abaixo, o ano fechou com saldo positivo, o que significa que foram criados postos de trabalho formais no país. Indicando, dessa forma, o sucesso
– ao menos em alguma medida – dos esforços fiscais feitos para preservação do emprego.
O setor da saúde suplementar, por sua vez, cresceu 1,3% em número de beneficiários, apesar da crise enfrentada pelo país, conforme apontam os dados mais
recentes divulgados pela ANS:
A economia do Paraná, por sua vez, foi menos impactada pela pandemia e seus desdobramentos do que a economia do país como um todo, como pode-se observar
pelos indicadores de atividade econômica abaixo. No ponto mais baixo, observou-se uma queda de 9% no índice paranaense, ao passo que o índice brasileiro caiu
14%. No ano consolidado, ainda, a economia paranaense fechou com crescimento, conforme apontam os números calculados pelo Banco Central do Brasil.
Um dos principais fatores para a queda menor é a natureza das atividades econômicas no estado, visto que o agronegócio tem grande participação na economia
paranaense e este setor foi menos impactado pela paralização das atividades econômicas.
Com o menor impacto nas atividades econômicas, o Paraná também viveu um cenário diferente no mercado de trabalho. Conforme apontam os dados do CAGED
ilustrados abaixo, o número de empregos formais no estado cresceu 2% (enquanto os do país cresceram 0,37%).
O setor de saúde suplementar no estado, por sua vez, apresentou número de beneficiários relativamente constante durante o ano, com crescimento de 0,3%,
conforme gráfico abaixo:
A economia do Paraná, por sua vez, foi menos impactada pela pandemia e seus desdobramentos do que a economia do país como um todo, como pode-se observar
pelos indicadores de atividade econômica abaixo. No ponto mais baixo, observou-se uma queda de 9% no índice paranaense, ao passo que o índice brasileiro caiu
14%. No ano consolidado, ainda, a economia paranaense fechou com crescimento, conforme apontam os números calculados pelo Banco Central do Brasil.
Na mesma direção, o mercado de planos de saúde na área de ação da Unimed Ponta Grossa adicionou pouco mais de 3 mil vidas, expandindo-se 2,1%, conforme
dados da ANS:
E o que esperar da economia em 2021?
De acordo com o relatório FOCUS de 26/02/2021, que mede as expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, a economia brasileira deve
crescer 3,29% em 2021. Não sendo, todavia, suficiente para compensar a queda de 4,1% vista em 2020.
A retomada do crescimento passa ainda pela efetividade e eficiência do processo de vacinação da população, permitindo que as atividades econômicas retornem
integralmente. Além disso, a situação fiscal é bastante delicada, fazendo ainda mais urgente a aprovação das reformas administrativas e tributária.
Com a necessidade de amparo por parte do Estado brasileiro durante o período de pandemia, com o pagamento do auxílio emergencial e PPAE, o nível da
dívida pública brasileira elevou-se consideravelmente e, dessa forma, o risco fiscal também aumenta. Assim, devemos ver um aumento da taxa básica de juros
ainda no primeiro semestre de 2021, o que encarece o crédito para investimentos produtivos (por exemplo, projetos de verticalização) e consumo.
Com a gradativa retomada do crescimento e normalização das atividades econômicas, deve-se observar, em 2021, um crescimento do nível de emprego,
cenário favorável para a expansão do mercado de planos de saúde.
Segue abaixo o Relatório do Conselho de Administração, as demonstrações financeiras e os pareceres acerca das informações compreendidas nas demonstrações do exercício de 2020. As peças contábeis estão em conformidade com a RN-435/2018.